A saúde econômica dos produtores rurais é fundamental para a recuperação da bacia do Rio Doce. Como os Planos dos Comitês contemplam apenas programas hidroambientais, serão necessários recursos complementares para adequar a parte produtiva das propriedades rurais e, dessa forma, agregar valor ambiental às cadeias agrícolas locais. Essa tese levou o IBIO, em parceria com os Comitês, a iniciar a um trabalho de articulação com lideranças empresariais para viabilizar investimentos nas ações complementares em microbacias da região. Internamente, essa iniciativa está sendo chamada de Bacias Produtivas.
“Para promovermos a recuperação ambiental da Bacia do Rio Doce, é fundamental que tenhamos uma mudança de comportamento dos produtores rurais da região. A ideia é empregar os recursos adicionais em assistência técnica, capacitação e monitoramento das ações que já vêm sendo implantadas nas propriedades rurais da região”, explica o diretor-presidente do IBIO, Eduardo Figueiredo.
Algumas empresas já demonstraram interesse no programa e assistiram a apresentações realizadas durante reuniões promovidas pelo CBH-Suaçuí, CBH-Piracicaba, CBH-Piranga e CBH-Santo Antônio. A expectativa é que, até o final do ano que vem, estejam definidas pelo menos três bacias que serão beneficiadas.
“Nosso objetivo é fortalecer o Rio Vivo que prevê ações em larga escala e restritas à recuperação ambiental. Essa é uma iniciativa que deverá aumentar a sinergia entre o instituto, os Comitês e até entre as próprias equipes do IBIO”, resume Figueiredo.