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20/02/17

A essência do IBIO

Crédito: Pedro Vilela/Agência i7

Crédito: Pedro Vilela/Agência i7

O IBIO nasceu em 2002, a partir de uma inquietação de dois personagens muito particulares da história recente do Brasil – o Sr. Erling Lorentzen e o Dr. Eliezer Batista. Naquela época, os dois fundadores já eram peças-chaves em uma articulação global para consolidar o conceito de sustentabilidade no mundo. A Rio 92, a criação do World Business Council for Sustainable Development, do CEBDS e da FBDS, são destaques nessa caminhada.

O IBIO foi criado, então, como uma forma de transformar as políticas e estratégias globais em ações concretas, em uma missão para restaurar a vegetação nativa do bioma da Mata Atlântica e promover o meio ambiente. A escolha da Mata Atlântica foi natural, por se tratar de um bioma de biodiversidade riquíssima, muito degradado e parte importante do patrimônio afetivo do país. O IBIO nasceu e foi direto ao trabalho, construindo rapidamente um reconhecimento no Brasil, tanto técnico como institucional. Trabalhando em nível nacional, mas com atuação muito ligada à Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o Instituto participou de iniciativas importantes como a fundação do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, o Diálogo Florestal e o Florestas para a Vida.

Em 2011, vivemos uma transição importante, trazendo estratégias ligadas à gestão de bacias hidrográficas, assumindo a função de agência de bacias do rio Doce, e ajustando a organização para enfrentar os desafios econômicos e sociais pelos quais passaram o mundo – o Brasil em especial.

Ao longo desse período, não foram poucas as dificuldades pelas quais passamos. Por vezes, nossas estratégias foram adequadas na medida em que percebíamos a dimensão real dos obstáculos em nosso caminho. Talvez, o ano mais emblemático tenha sido 2016, que, na verdade, começou pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. Nesse ano, nossa equipe foi chamada para contribuir tecnicamente com o esforço para reparar e compensar o maior desastre ambiental da história, justamente na bacia em que mais trabalhamos. Atendemos ao chamado, de forma corajosa, leal e desprendida, como não poderia deixar de ser, e oferecemos à bacia toda nosso conhecimento e capacidade.

Este ano, completamos 15 anos de vida. Essa marca nos faz olhar para trás em busca de uma reflexão sobre nossa caminhada, o que conseguimos, se estamos realmente deixando nossa marca. Sobre isso, eu gostaria de destacar alguns dos meus sentimentos em relação ao IBIO.

Ao longo dos primeiros 15 anos, conquistamos grandes resultados, construímos um valioso ativo intelectual e ganhamos a confiança de centenas de pessoas e instituições. Refletindo sobre a essência desse reconhecimento, percebo como somos diferentes entre nós, em nossas crenças, capacidades, costumes e modos de vida. Percebo, por outro lado, uma visão comum em todos nós – de que nós trabalhamos em uma instituição que busca fazer do mundo um lugar melhor. Fazer com que o ser humano se entenda com a terra de uma forma mais harmônica, integrada. Afirmo, hoje, que o IBIO é mantido fundamentalmente pela força de cada uma das pessoas que aqui trabalham. Cada qual com sua parte, enfrentando seu próprio desafio, dedicando à nossa instituição um esforço e carinho que ultrapassam o conceito de emprego. Trabalhamos no IBIO e isso nos dá a certeza de estarmos no caminho certo.

2017 é um ano fundamental. Vamos conquistar tudo o que estamos buscando.

Abraços e feliz aniversário para o IBIO!

Eduardo Figueiredo

Diretor-presidente do IBIO

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