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31/08/16 - Por: Assessoria

IBIO e Emater-MG lançam Atlas da Bacia do Ribeirão do Boi

Material servirá de referência para a implantação de ações que visam o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da região que integra a bacia do Rio Doce

IBIO_ATLAS

Boas práticas na agricultura familiar, sustentabilidade, acesso ao conhecimento técnico e científico, produção de alimentos e disponibilidade de água são conceitos que estão diretamente ligados, em especial no contexto da bacia hidrográfica do Rio Doce, e geram resultados sinérgicos, no médio e longo prazos. O projeto Território Sustentável Ribeirão do Boi, do IBIO, é um exemplo desse trabalho abrangente e assertivo. Ao longo de cinco anos, o Instituto planejou e implantou diversas soluções e atividades nessa região do Leste de Minas, que integra a Bacia do Rio Doce, por meio de estudos, parcerias e diálogos com as famílias de agricultores e gestores públicos, e da construção de ações que possam fortalecer o desenvolvimento sustentável do território. O projeto está em fase de conclusão e, entre as entregas está o Atlas da Bacia do Ribeirão do Boi, elaborado por meio de uma parceria de cooperação técnica com a Emater-MG, e que será lançado em 1º de setembro, em Caratinga (MG).

Elaborada pelos técnicos das duas instituições, a publicação resume as principais características e potencialidades do manancial. O documento foi construído a partir da análise integrada das unidades de paisagem, do uso e ocupação do solo e das práticas produtivas adotadas na bacia. O objetivo é oferecer informações e uma ferramenta para planejamento e manejo do manancial. “Ele representa uma referência técnico-metodológica para o trabalho de implementação de ações e intervenções que agreguem o desenvolvimento do potencial produtivo e geração de renda à preservação e recuperação ambiental. Muitas das recomendações que foram feitas para o Ribeirão do Boi, também podem ser aplicadas em estudos e soluções em toda a extensão do Doce”, pontua a gerente de Operações do IBIO.

De acordo com a coordenadora de projetos do IBIO na região, Narliane Martins, durante todo o processo de implantação da iniciativa, o IBIO contou com o apoio de diversos parceiros, como a Emater-MG. “O Atlas da Bacia do Ribeirão do Boi é um marco que consolida e disponibiliza o conhecimento construído nesse projeto. Ele vai contribuir muito para direcionar o uso sustentável e racional dos recursos hídricos e do solo, subsidiando as tomadas de decisões das instituições e comunidade locais na manutenção da adequação produtiva e ambiental da Bacia do Ribeirão do Boi e de outras que compõem o Rio Doce”, enfatiza. Serão impressos dois mil exemplares, distribuídos entre órgãos públicos, lideranças, escolas e instituições de assistência técnica e extensão rural locais.

Produção e conteúdo

A elaboração do Atlas da Bacia do Ribeirão do Boi começou há um ano, e utilizou a metodologia Zoneamento Ambiental Produtivo (ZAP). O coordenador técnico estadual de Manejo de Bacias Hidrográficas da Emater-MG, Maurício Fernandes, explica que, “com base nessa metodologia, foi feita a delimitação da região do Ribeirão do Boi, em seguida a sua caracterização e o balanço hídrico (disponibilidade de água)”. O coordenador ressalta que, em todo o processo, foram considerados os fatores físico (geologia, relevo e solos) e sua integração com os meios biótico (vegetação nativa) e socioeconômico (antrópicas, ou seja, as transformações no ambiente resultantes da ação do homem). “Esses meios estão correlacionados e interagindo o tempo todo”, diz.

As principais unidades de paisagem presentes na bacia do Ribeirão do Boi são: topos de morro, várzeas (terraços fluviais), lagoas e afloramentos de rochas. O Atlas disponibiliza, ainda, uma caracterização geral da bacia em vários aspectos, como: dados sociais, atividades econômicas, uso e ocupação do solo e hidrografia. Também destaca as tecnologias para a recuperação ambiental e produtiva da bacia hidrográfica, que banha os municípios de Caratinga, Bom Jesus do Galho, Entre Folhas e Vargem Alegre. Entre elas estão a fruticultura, olericultura, pastagens, silvicultura e a implantação de áreas de preservação permanente. Nas áreas já ocupadas, “há muito potencial nas planícies para o desenvolvimento planejado de uma agricultura de elevada produtividade. Nas declividades, são viáveis as pastagens e a silvicutura. Nas lagoas, além do turismo, pode-se desenvolver a piscicultura”, diz Maurício Fernandes.

A publicação inclui também o Plano de Adequação Produtiva e Ambiental desenvolvido para o território. “Ele consiste num conjunto de soluções para que o poder público, comunidade e instituições locais, por meio de ações articuladas, possam dar continuidade aos trabalhos iniciados durante o projeto do IBIO, que visam potencializar a produtividade sustentável da região, agregada ao desenvolvimento social e econômico e à preservação ambiental”, destaca Narliane Martins, do IBIO.

Serviço:

O que: Atlas da Bacia do Ribeirão do Boi

Quem: IBIO e Emater (MG)

Tiragem: 2.000 exemplares

Mais informações e consulta à publicação: Território Sustentável Ribeirão do Boi (MG)

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