Financiados pelos CBHs do Rio Doce, planos já contemplaram 165 cidades e demandaram investimentos de mais de R$ 20 milhões
O mês de março foi marcado pela aprovação, em audiências abertas à comunidade, de nove Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) de cidades da Bacia do Rio Doce. São elas: Belo Oriente, Córrego Novo, Entre Folhas, Ipaba, Itaverava, Joanésia, Pingo D’água, Santo Antônio do Itambé e São Gonçalo do Rio Abaixo. Exigência legal e pré-requisito para captação de recursos federais destinados a projetos e obras de saneamento, os PMSBs foram executados por empresas especializadas que foram contratadas pelo IBIO, nas funções de agência de bacia.
O Instituto coordenou as ações, que, somente nessa etapa, demandaram investimentos superiores a R$ 800 mil. A aplicação dos recursos, provenientes da cobrança pelo uso da água na bacia, foi deliberada e financiada pelos Comitês da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, responsáveis pela gestão dos recursos hídricos no território. Com a entrega, os CBHs do Rio Doce e o IBIO dão mais um passo rumo à promoção da melhoria da qualidade dos mananciais da bacia, que têm como principal problema ambiental o despejo de esgoto sem tratamento em seus cursos d’água.
Programa de Universalização do Saneamento
Até o momento, o IBIO, em atendimento aos CBHs do Rio Doce, coordenou a contratação de empresas especializadas e de técnicos para elaboração e acompanhamento dos PMSBs de 165 cidades da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O volume de investimentos ultrapassa R$ 20 milhões. Por meio do Programa de Universalização do Saneamento, desenvolvido pelos CBHs, com o apoio do Instituto, mais de 70% das cidades da bacia já foram contempladas pela iniciativa – um importante avanço em âmbito nacional, já que, segundo dados do Ministério das Cidades, até o ano passado apenas 30% dos municípios brasileiros possuíam planos aprovados, apesar de se tratar de uma exigência legal.
Outros investimentos
Com foco na melhoria dos serviços de saneamento básico, também, serão investidos cerca de R$ 27 milhões na elaboração de projetos de Sistemas de Abastecimento de Água (SAAs) e Sistemas de Esgotamento Sanitário (SESs) para cidades da bacia que não possuem recursos para executá-los. Para credenciar-se, o município deve estar em dia com o repasse da cobrança pelo uso da água e ter concluído seu PMSB, entre outros critérios.