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30/10/17 - Por: IBIO

IBIO e ANA acompanham serviços de topobatimetria na Bacia do Rio Doce

IBIO-e-ANA-acompanham-a-realização-dos-serviços-de-Topobatimetria-na-Bacia-do-Rio-DoceEntre os Programas previstos no Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH-DOce), tem-se o Programa de Convivência com as Cheias (P31). Visando atender o disposto nesse Programa foi iniciada, em 2012, uma articulação entre a ANA e o IBIO, voltada para a prevenção de inundações naturais. Foram previstos o desenvolvimento de um sistema de previsão de enchentes, o mapeamento das áreas inundáveis e a modelagem matemática para a simulação de cheias, a serem financiados pelos recursos da cobrança pelo uso da água na bacia. Como parte inicial de um estudo de prevenção de inundações, são necessários: o conhecimento relativo ao uso e ocupação do solo e o conhecimento topográfico e batimétrico da bacia.

A etapa referente ao uso e ocupação do solo já foi concluída, por meio da aquisição de mapas de uso e ocupação do solo de alta resolução associado a Modelo Digital do Terreno (MDT), contratada pelo IBIO em 2012. Já a base de dados topobatimétrica foi contratada nesse ano, 2017.

Em decorrência da gravidade e da abrangência do desastre de Mariana, a ANA repassou recursos financeiros adicionais à entidade delegatária (IBIO), no valor de R$ 10.975.600,00. Os referidos recursos adicionais objetivam a implementação de ações destinadas ao enfrentamento dos impactos decorrentes do evento ocorrido e seus desdobramentos. Dentro desse contexto, a realização dos serviços de levantamento das seções fluviais transversais, marcas de cheia, linhas d´água e georreferenciamento de estações fluviométricas, inicialmente previstos para serem contratados no âmbito do Programa P31 (com recursos da cobrança), foram incluídos pela ANA entre as ações a serem custeadas com os recursos adicionais.

A Consominas Engenharia foi a vencedora do processo licitatório lançado pelo IBIO e está realizando o levantamento de seções fluviais transversais, marcas de cheias, linha d’água e georreferenciamento de estações fluviométricas na Bacia do Rio Doce.

“A realização dos serviços de topobatimetria subsidiará a contratação dos estudos para concepção de um sistema de previsão de eventos críticos na Bacia do rio Doce.  Além disso, servirá como base para a modelagem hidrológica (transformação chuva-vazão), hidráulica (propagação das ondas de cheia), hidrossedimentológica e de ruptura de barragem”, explica Luísa Poyares Cardoso,  coordenadora de programas e projetos do IBIO.

Tendo em vista o histórico de ocorrência de cheias na bacia do rio Doce e o episódio do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ressalta-se a importância do levantamento das seções relacionadas ao estudo de cheias naturais, aliado ao levantamento das seções relacionadas ao estudo de rompimento de barragens.

As seções transversais ao longo da bacia a serem levantadas foram indicadas pela ANA e totalizam 375, sendo 321 relacionadas ao estudo de cheias naturais e 54 relacionadas ao estudo de rompimento de barragens.

 

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