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20/12/16 - Por: Assessoria

Artigo analisa processo de escolha de propriedade para URT em iLPF

Coordenadora de projetos do IBIO na região Leste de Minas Gerais é coautora de publicação sobre experiência na bacia hidrográfica do ribeirão do Boi

Crédito: William Fernandes Bernardo

Crédito: William Fernandes Bernardo

Desde a década de 1970, muitos conhecimentos e tecnologias vêm sendo desenvolvidos pela pesquisa agropecuária, em universidades e centros de pesquisa. Porém, apesar do grande volume de estudos, dos importantes avanços e das inovações, essas ainda não chegam adequadamente ao campo, comprometendo a sua efetiva aplicação pelos produtores rurais e, consequentemente, o potencial de desenvolvimento econômico, social e ambiental de diversos territórios brasileiros em que há forte presença da agricultura familiar.

Com o intuito de facilitar o acesso do setor a conhecimentos, soluções e tecnologias, novos métodos de extensão rural foram criados para aumentar a adoção dessas práticas na agricultura familiar. Entre eles, está a unidade de referência tecnológica (URT), que consiste na estruturação de uma propriedade rural modelo, na qual práticas ou técnica inovadoras são aplicadas, disseminadas e construídas.

 No entanto, a escolha dessa propriedade, cujo papel é servir de espelho para outros estabelecimentos rurais da região, não é simples. Os requisitos e critérios de definição do local de implantação de uma URT, que cumpra a função de atrair a visitação e fomentar a multiplicação de conhecimentos técnicos de produção agropecuária, é o tema do artigo “O processo de escolha de uma propriedade para instalação de uma URT em iLPF: a experiência do Território do Ribeirão do Boi”. Publicado na revista Extensão Rural, da Universidade Federal de Santa Maria, o texto é assinado pelo analista da Embrapa Gado de Leite, William Fernandes Bernardo, com coautoria da bióloga e coordenadora de projetos do IBIO no Leste de Minas Gerais, Narliane Martins, além dos especialistas da Embrapa Gado de Leite Marcelo Dias Müller, Carlos Eugênio Martins e Priscila Estevão.

“O artigo é uma ferramenta para subsidiar a escolha de propriedades para a instalação de URTs. Os critérios levam em conta as características físicas do local, o perfil da família proprietária e as atividades produtivas realizadas”, resume Narliane Martins. O foco, detalha a coordenadora, é identificar estabelecimentos rurais que sejam representativos e acessíveis,  que permitam a construção de espaços para diálogos e integração entre os saberes populares e científicos, de forma a criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de tecnologias adequadas ao território trabalhado.

A publicação apresenta a experiência da escolha de uma URT na tecnologia de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), no território do ribeirão do Boi, no Leste de Minas Gerais, que, nos últimos cinco anos, recebeu o projeto do IBIO, batizado com o nome da região, e patrocinado pela Usiminas. O processo de definição da URT é detalhado no artigo e entre os aspectos apresentados estão as características do produtor que devem ser consideradas, da tecnologia a ser adotada, da assistência técnica a ser oferecida e da propriedade, sob uma análise crítica da ação extensionista a ser alcançada.

Extensão Rural


O periódico é uma publicação científica do Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural (DEAER) do Centro de Ciências Rurais (CCR) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). É destinada à publicação de trabalhos inéditos, na forma de artigos científicos e revisões bibliográficas, competentes às áreas de Desenvolvimento Rural, Economia e Administração Rural, Sociologia e Antropologia Rural, Extensão e Comunicação Rural e Sustentabilidade no Espaço Rural. Em circulação desde 1993, a revista tem como público-alvo pesquisadores, acadêmicos e agentes de extensão rural.

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